No dia 8 de junho, o ICNF e os municípios de Mondim de Basto e Vila Real assinalam em conjunto a efeméride
01 de Junho de 2017
Procurando reforçar o espírito de pertença e promover um maior conhecimento e proximidade com este parque natural, os municípios de Vila Real e Mondim de Basto e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas resolveram assinalar o 34º aniversário do Parque em conjunto, envolvendo os jovens de ambos os concelhos na efeméride. Este ano, as comemorações contam com a participação do Agrupamento Vertical das Escolas de Mondim de Basto e da EB 1º ciclo do Prado (Borbela), que vão juntar-se na área do Parque e vão participar em inúmeras atividades lúdicas e pedagógicas, tendo ainda a oportunidade de conhecer as povoações de ambos os municípios. O dia começa com um percurso pedestre na zona de Lamas de Olo, que serve para assinalar a inauguração da Estação da Biodiversidade com o mesmo nome. Em parceria com o TAGIS (Centro de Conservação das Borboletas de Portugal). Estas Estações são percursos pedestres devidamente assinalados com placas informativas sobre os valores biológicos presentes nesta serra. O dia continua com um almoço comunitário na Veiga Nova, na freguesia do Bilhó, acompanhado de vários jogos ambientais.
O Parque Natural do Alvão, criado pelo Decreto-Lei n.º 237/83, de 8 de junho, comemora este ano o seu 34º ano de criação. É um dos parques com a área mais reduzida de Portugal (cerca de 7220 ha de área total), que abrange os concelhos de Vila Real e Mondim de Basto. Apesar da reduzida dimensão, assume-se como um espaço de grande valor patrimonial, seja pelo seu enquadramento geológico e paisagístico, seja pela diversidade de habitats, da fauna e da flora presentes. De destacar igualmente a singular relação entre a ocupação humana e a natureza, que contribui decisivamente para uma ancestral manutenção de equilíbrio entre as diferentes formas de vida da fauna selvagem. Esta atitude tem contribuído para a diversidade biológica, ao serem criadas novas unidades ecológicas (biótopos), como por exemplo campos agrícolas, lameiros e sebes que se associam aos biótopos naturais.
Segundo o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), “a serra do Alvão, paredes meias com o Marão, é uma área com grande interesse paisagístico e geológico, cujo fulcro é a queda de água do rio Olo, em Fisgas de Ermelo. Merece igualmente relevo o alto de Cravelas, a zona de Muas, o caos granítico que culmina na catedral granítica de Arnal e na queda de água do moinho de Galegos da Serra. Em termos florísticos, estão inventariadas e referenciadas cerca de 486 espécies de plantas, sendo 25 delas endemismos ibéricos, 6 endemismos lusitânicos e 23 possuem estatuto de conservação. No que concerne à fauna, estão inventariadas cerca de 200 espécies. Destas, cerca de 117 estão incluídas no anexo II da Convenção de Berna e 44 constam da lista de espécies ameaçadas do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal e 10 são endemismos ibéricos.”
